Os três pilares da ciência aplicados à pesquisa clínica trazem confiabilidade ao conhecimento científico, sendo fruto de processos rigorosos e bem consolidados.
A pesquisa científica
Já falamos em outra ocasião sobre a dualidade (embora não antagonismo!) entre pensamento clínico e pensamento científico. O raciocínio científico tem se baseado em um método muito bem fundamentado ao longo de diversas décadas, mas que ainda está em constante aperfeiçoamento.
Mas você já parou para se perguntar por que a ciência é, de uma maneira geral, um campo do conhecimento bastante confiável? Por que as descobertas científicas são na grande maioria das vezes fruto de processos muito rigorosos e bem consolidados?
Isso pode ser explicado por basicamente três grandes pilares da ciência: transparência nos métodos, revisão por pares e incerteza. Vamos falar um pouco mais de cada um deles.
Transparência nos métodos
Toda pesquisa científica deve ser reprodutível.
Isto quer dizer que os métodos aplicados pelo pesquisador devem ser difundidos a fim de que outros pesquisadores, munidos dos mesmos recursos, possam replicar aquele mesmo resultado.
Esta premissa é muito importante no sentido de se validar os resultados de qualquer estudo. Embora uma pesquisa em si possa gerar conclusões sólidas capazes de impactar a prática clínica, a reprodutibilidade dos achados por outros pesquisadores atuando de maneira independente acrescenta um maior grau de confiabilidade aos achados.
Revisão por pares
O segundo pilar chama-se revisão independente.
Toda pesquisa é submetida a um processo de revisão por pares, ou seja, por pesquisadores da mesma área de atuação porém não vinculados àquele estudo em questão, a fim de garantir sua validade.
Esta revisão independente ocorre em várias etapas, desde a aprovação ética do estudo pelos comitês de ética em pesquisa (órgãos colegiados formados por pesquisadores e profissionais de outras áreas), passando pelo acompanhamento do estudo por comitês de segurança e monitoramento dos dados enquanto o estudo é feito, até a validação final dos achados antes de o estudo ser publicado em um periódico científico da área de interesse.
Incerteza
O princípio da incerteza, sobretudo em ciências biomédicas, elenca que, em todo resultado de um estudo, um certo grau de dúvida é colocado ao leitor.
Por exemplo, ao invés de se dizer “o medicamento reduz a mortalidade em 30%”, o mais correto seria “o medicamento reduz a mortalidade de 20 a 50% (dentro de uma margem de erro ou intervalo de confiança aceitável)”.
Esse princípio da incerteza é na verdade a base para as teorias de estatística e probabilidade que guiam todos os resultados de uma pesquisa. Ainda que os resultados sejam robustos, o pesquisador deve ser honesto com o seu leitor mostrando até onde vai a precisão e certeza em torno daqueles resultados.
Estudos de qualidade duvidosa vs. estudos confiáveis
Diante destes três princípios, podemos agora entender definitivamente quando um estudo é de qualidade e confiável e quando não é. Estudos de qualidade duvidosa, e, portanto, com conclusões potencialmente falaciosas e danosas aos nossos pacientes, geralmente violam uma destas três características.
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