A relação entre médico e pesquisador clínico está atrelada à relação entre o pensamento clínico e o pensamento científico, uma dualidade que não pode ser vista como antagonismo.
Evidências científicas
A geração de evidências cientificas de qualidade é um instrumento fundamental para melhorar a prática clínica. Descobertas recentes em muitos campos do conhecimento, como Cardiologia, Oncologia e Neurologia, permitiram não somente aumento da sobrevida, como também melhora na qualidade de vida de muitos pacientes. Entretanto, por que o pensamento científico é diferente do pensamento clínico e por que não podemos basear nossas condutas somente no senso comum e na experiência clínica?
Pensamento clínico vs. pensamento científico
Antes de mais nada, é importante ressaltar que a experiência clínica é de extrema importância para a condução da medicina. Para o médico, não basta apenas saber as evidências, mas sobretudo é mais importante ainda aplicar a evidência correta no paciente correto.
No entanto, a conduta embasada somente na experiência carece de alguns aspectos fundamentais, de tal modo que, no melhor dos cenários, a experiência clínica e a evidência científica devem se complementar uma à outra. A experiência clínica deixar passar muitos vieses cognitivos, podendo gerar conclusões erradas. Um exemplo destes seria o viés de confirmação, em que os dados que concordam com uma determinada crença são ressaltados enquanto os que a refutam são ignorados pelo médico. Esta é uma situação muito comum quando o médico acredita tanto em um tratamento que chega a ignorar os efeitos danosos causados pelo mesmo!
Por esta e outras razões, é preciso a coleta e análise sistematizada dos dados a fim de se gerar conclusões válidas. Outra diferença fundamental é que o pensamento científico tende a ser mais conservador com novos tratamentos (“Na dúvida, é melhor não usar”), enquanto o pensamento clínico (embora isso não seja necessariamente correto!) tende a ser mais intervencionista (“É melhor fazer qualquer coisa do que não fazer coisa alguma pelo paciente”).
Melhorando a experiência do paciente
Diante de tudo isto, se você quer tratar melhor os seus pacientes, em qualquer campo das ciências da saúde, é preciso:
1) aprender a ler a evidência científica a fim de “separar o joio do trigo”, e saber escolher o tratamento adequado para cada situação clínica;
2) saber ter o discernimento de aplicar os dados no paciente correto, algo que comumente os profissionais de saúde erram, sobretudo quando não sabem interpretar um estudo e passam a extrapolar os resultados dele (perigosamente) para populações às quais os resultados não se aplicam; e
3) buscar treinamento e aperfeiçoamento constantes, principalmente em canais de atualização que possam veicular uma informação ágil com curadoria confiável.
Curso de Pesquisa Clínica e Especialização em Pesquisa Clínica
Durante a graduação, os profissionais da saúde não obtêm o contato e a visibilidade completa do que é a Pesquisa Clínica. Assim como outros campos de atuação, para poder ingressar nesta área, se faz necessário formação específica, dedicação, esforço e perseverança – além da busca de instituições que possam agregar o conhecimento teórico e prático.
Por isso, o BCRI – reconhecido como uma ARO (Academic Research Organization), e nós, profissionais com o domínio do campo, têm como missão disseminar e desmistificar a Pesquisa Clínica como um todo. Por meio dela, conseguimos responder dúvidas cientificas e colocar em prática tudo o que aprendemos, em prol da promoção à saúde para toda população.
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